Faturamento das MPEs de São Paulo cresce 10,6% em setembro

Faturamento das MPEs de São Paulo cresce 10,6% em setembro:
Editora Globo
O faturamento real – já descontada a inflação – das micro e pequenas empresas (MPEs) do estado de São Paulo aumentou 10,6% em setembro de 2012, ante o mesmo mês do ano passado. O setor que apresentou o melhor desempenho foi o de serviços (alta de 13%), seguido pelo comércio (elevação de 10,8%) e pela indústria (+3,4%) na mesma base de comparação. Os dados são da pesquisa de conjuntura Indicadores Sebrae-SP.
O desempenho positivo do consumo no mercado interno favoreceu o resultado das MPEs, beneficiando, principalmente, os setores de comércio e serviços. “Mais uma vez, o mercado interno garantiu os bons resultados das MPEs paulistas. Essa situação favorável vem se repetindo há alguns meses”, afirmou o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano. “A manutenção da renda dos trabalhadores tem sido de grande importância para que os setores de comércio e serviços sustentem suas vendas”, completa.
A receita total das MPEs paulistas foi de R$ 43,7 bilhões em setembro de 2012, um aumento de R$ 4,2 bilhões, ante o mesmo mês de 2011. Para o economista e consultor do Sebrae-SP Pedro Gonçalves, apesar do resultado positivo em setembro, é preciso ter atenção com os acontecimentos no exterior, uma vez que eles podem influenciar negativamente a economia brasileira. “O cenário internacional continua incerto, principalmente no que se refere aos países do sul da Europa. Podem ocorrer turbulências nos mercados financeiros internacionais.” Segundo ele, o nível relativamente elevado de endividamento das famílias brasileiras também merece atenção, já que pode representar um freio no consumo interno.
Otimismo
A pesquisa mostrou ainda que 39% dos proprietários de MPE de São Paulo acreditam que o faturamento de seu negócio vai aumentar nos próximos seis meses, ante 36% no mesmo período de 2011. 47% dos empreendedores afirmaram que não acreditam ter alterações na receita da empresa e 4% esperam piora nesse indicador. No ano passado, esses percentuais representavam 48% e 3%, respectivamente.
Com relação à economia brasileira, 55% dos donos de MPEs esperam manutenção no nível de atividade. A fatia dos que acreditam em melhora no nível de atividade econômica representa 31%. Já os que contam com uma piora no cenário econômico do país para os próximos seis meses significam 4% em outubro de 2012.
A percepção de melhora está apoiada em vários fatores. Há uma perspectiva de crescimento da economia no último trimestre, que é favorecida pela redução da taxa básica de juros (Selic) que está em 7,25% ao ano (em agosto do ano passado era de 12,5%). “A queda da Selic tem reflexos na economia, pois facilita as vendas a prazo e reduz custos de investimento”, disse Caetano.
Também contam para melhorar o humor dos proprietários de MPEs as medidas de incentivo à atividade econômica tomadas pelo governo, como a redução temporária do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis e linha branca e a desoneração da contribuição ao INSS sobre a folha de pagamento de empresas de vários setores.
Segundo Gonçalves, essas medidas devem contribuir para uma melhora da situação da indústria, setor que tem mostrado um desempenho inferior ao de comércio e serviços. “Espera-se um crescimento um pouco mais equilibrado entre os três setores nos últimos meses do ano. A manutenção da renda dos trabalhadores também deve favorecer os resultados das MPEs”, diz o consultor do Sebrae-SP.
A pesquisa de conjuntura Indicadores Sebrae-SP é realizada mensalmente, com 2.716 micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo. A pesquisa é realizada pelo Sebrae-SP desde 1998, com apoio da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).

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